Óbito do garoto Abimael de 08 anos ocorrido em janeiro/2022 continua sem esclarecimentos; pais, familiares e amigos prometem manifestação

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Em 25 janeiro (terça feira) de 2022, ABIMAEL GUTYRR NEVES RODRIGUES, 08 anos, deu entrada no Hospital Municipal de Santo Antônio do Descoberto, após sentir febre, vômito e dores nas pernas. De acordo relato dos seus genitores, Alexandre Rodrigues Barros e Inglides Neves de Farias, pais de 4 filhos. Seu filho apresentou uma piora do quadro de saúde, depois que o profissional plantonista, médico responsável pelo atendimento inicial, prescreveu medicamentos para controle e tratamento da febre e dos vômitos, mas sem contato físico com a criança, portanto sem verificar garganta, peito, costas, e sem solicitar a realização de exames, prescrevendo alta médica, sendo receitado antibiótico amoxilina. No dia seguinte a criança teve piora em seu estado de saúde, apresentando falta de ar e a boca roxa, sendo encaminhado imediatamente para o mesmo hospital. O mesmo profissional de saúde ainda de plantão foi questionado pelos pais da criança pelas condições de atendimento no dia anterior. Infelizmente Abimael veio a óbito as 8:27H, quarta-feira, um dia após seu primeiro atendimento. Quase seis meses do ocorrido os pais ainda traumatizados aguardam respostas. Todavia, causa estranheza a natureza da morte na certidão de óbito: “”causa desconhecida a ser esclarecida por exames complementares.” O Exame cadavérico, realizado por uma clínica particular, no qual constou a seguinte conclusão: “Não encontramos alterações do ponto de vista microscópico que justifiquem o óbito.”
Buscando esclarecer os fatos ouvimos também o médico que atendeu a criança no dia anterior ao repentino óbito de Abimael. Deixamos algumas perguntas dos quais ele diretamente não respondeu. Mas, nos atendeu prontamente fazendo algumas observações e indagações.
Perguntamos: Na ocasião que senhor atendeu paciente Abimael, qual é procedimento padrão em uma consulta médica nas condições que a criança estava? Se sim, poderia descrevê-la?
Medico: “Não existe procedimento padrão. Cada paciente é avaliado individualmente de acordo com as queixas que apresenta. Não existe procedimento padrão. Cada paciente é avaliado individualmente de acordo com as queixas que apresenta. De maneira geral, a gente colhe-se as informações com o paciente e acompanhantes, colhe informações do exame físico, a partir disso a gente propõe uma hipótese diagnóstica, solicita exames complementares se necessário e se disponíveis, que podem confirmar ou afastar a hipótese diagnóstica. Finalmente a gente propõe um tratamento e orienta o paciente e acompanhantes”.
O caso chegou ao ministério público e feito boletim de ocorrência. Pais, familiares e amigos se manifestaram nas redes sociais pedindo providências do que chamam de “justiça por Abimael”. Em 11 de junho/2022 planejam manifestação pública denunciando o ocorrido e falta de esclarecimentos.
A Secretaria de Saúde municipal através de seu gestor da pasta, Alessandro Viana, disse aguardar parecer final do SVO (Serviço de Verificação de Óbito). Afirmou também, que entende ter seguido os protocolos exigidos sobre o caso. Quando ao atendimento do profissional de saúde contratado pelo município envolvido no caso, não fará juízo de valores, é que o médico tem autonomia e autoridade no ambiente de trabalho.
Por algum motivo a direção do Hospital chegou ao entendimento que o referido médico não poderia mais continuar como plantonista e deveria se afastar de sua função. Ainda em sua defesa o médico deixou as seguintes observações em resumo:
“A família está me acusando de uma série de crimes que serão investigados judicialmente. A morte foi em janeiro, se não me engano. Estive trabalhando no hospital de janeiro até o mês passado. Faz um mês que não trabalho lá mais. Ninguém nunca foi lá me procurar para tirar dúvida alguma. No dia que começou esse movimento no Facebook eu respondi em comentário informando meu contato telefônico pessoal me disponibilizando para tirar qualquer dúvida. Ninguém me procurou de novo. Mas os comentários de ódio e acusações infundadas continuaram”.

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