Ex-governador Marconi Perillo, não ficará desempregado mesmo perdendo a eleição para o senado em 07 de outubro, ficando apenas em quinto lugar, atrás de Wilder Morais (DEM), Lúcia Vânia (PSDB) e dos vencedores, Jorge Kajuru (PRB) e Vanderlan Cardoso (PP). A Polícia Federal e o Ministério Público Federal (MPF) deflagraram a Operação Cash Delivery a nove dias da eleição.
O governador eleito por São Paulo-PSDB, João Doria, intermediou entre Marconi e a siderúrgica que também é amigo de Benjamin Steinbruch, presidente da CSN. Marconi e sua mulher, Valéria Perillo, criaram em julho a empresa MV Consultoria, que foi contratada para a prestação de serviços à controladora da CSN.
A siderúrgica tem como principal acionista a Vicunha Aços, que detém 50,3% do capital votante da CSN. Por sua vez, a Vicunha Aços é 100% controlada pela Vicunha Steel, que tem dois sócios: a Rio Purus, com 60%, e a CFL, com os 40% restantes. Os dois ramos da família Steinbruch (filhos dos dois fundadores, os irmãos Mendel e Eliezer) são os maiores acionistas da siderúrgica e da Vicunha Têxtil. São donos também de diversos imóveis e do Banco Fibra.
A Polícia Federal fez busca e apreensão no escritório e na casa de Marconi, prendeu Jayme Rincón, na época presidente licenciado da Agetop, e um dos principais assessores do governo. Após a eleição, Marconi foi preso na sede da PF ao se apresentar para prestar depoimento no inquérito. Ficou detido por 24 horas, até conseguir um habeas corpus no Superior Tribunal de Justiça (STJ). A prisão abalou muito o ex-governador.