Ministério público pede que padre devolva mais de R$ 3 milhões de salário que ganhou sem trabalhar

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Bastante conhecido em Goiás e responsável pela Igreja Santa Terezinha do Menino Jesus, em Aparecida de Goiânia, o Padre Luiz Augusto também tem um cargo de servidor ativo na Assembleia Legislativa de Goiás. Ele ocupa a função de analista legislativo, com um salário bruto de R$ 11,8 mil.
Segundo informações, o religioso pediu licença em 1995, quando foi ordenado padre. Por algumas vezes, ele teria tentado pedir demissão. Em 2012, ele foi trabalhar no gabinete do ex-presidente da Casa, Jardel Sebba (PSDB).

Pelo que rege a legislação da Assembleia, um servidor não pode se afastar do trabalho por tanto tempo. A licença máxima permitida é de quatro anos, podendo ser prorrogada por igual período.

Em nota o Padre respondeu:
“Como já afirmei, do salário da Assembleia utilizo em benefício próprio apenas o valor detinado à minha contribuição para o Ipasgo. Todo o restante é destinado às famílias que estão sob a minha responsabilidade e àqueles que diariamente me pedem ajuda.
Não recebo e nunca recebi salário como sacerdote”.
Pe. Luiz Augusto Ferreira da Silva

Fantasma que veste batina e reza missas

Bem longe do gabinete onde deveria trabalhar o padre Luiz Augusto, funcionário da assembleia desde 1980.
“Fantasma não tem carne e osso como eu tenho”, diz o padre Luiz Augusto Ferreira da Silva.
Esta semana, o padre foi acusado formalmente pelo Ministério Público de ter recebido mais de R$ 3 milhões de salário ao longo de 20 anos, sem trabalhar.
“Eu mesmo não acreditei. Tive dificuldade de acreditar porque achei absolutamente condenável do ponto de vista ético esta postura por parte de quem prega a ética como um padre da Igreja Católica”, diz Fernando Krebs, da Promotoria de Defesa do Patrimônio Público.

Fonte: Jornal Diário da Manha e G1.

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