Reitora da Urcamp se pronuncia sobre esquema de diplomas falsos

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A Operação Prova Final, desenvolvida pela Polícia Civil de Santo Antônio do Descoberto, no Distrito Federal/Goiás, pôs fim a um esquema que fez milhares de moradores daquela cidade e quatro universidades, entre elas a Urcamp, vítimas.
A empresa, denominada Instituto Educacional JRJ, se dizia representante das instituições de ensino superior, reconhecidas em todo o país. Oferecia cursos a distância e emitia diplomas falsos. Nesta semana, a ação policial, cumprindo mandados de busca e apreensão e de prisão dos acusados Moacir de Souza Oliveira Júnior e Valdetino de Almeida Matos, trouxe à tona o golpe. A dupla está foragida.
Conforme a Polícia Civil, na casa dos acusados foram encontrados mais de 700 fichas de inscrição, 500 contratos de alunos, 300 diplomas de graduação e pós-graduação de quatro outras faculdades, além de recibos, fotos de formaturas, outros documentos, além de várias impressoras e papéis para a confecção do documento. Ao todo, mais de mil alunos foram lesados, conforme estimativa da polícia. Isso refletiu entre o funcionalismo público daquele município, já que muitos profissionais perderam as gratificações que ganhavam por ter ensino superior, além de outros que podem perder o cargo, pois este grau de escolaridade é exigido.
A universidade
A reitora da Urcamp, Lia Quintana, conta que é de praxe, quando alguém passa em um concurso público, o órgão no qual o aprovado irá trabalhar conferir a validade de seu diploma. Em 2013, a instituição recebeu dois pedidos de verificação de diploma da Secretaria Estadual de Educação do Distrito Federal. Porém, aquelas duas pessoas não haviam se formado na instituição e o caso foi denunciado à Polícia Federal.
“De lá para cá diversas outras solicitações, oriundas da mesma região, tiveram a conclusão de que os diplomas não eram verdadeiros. Toda vez que isso acontecia, realizávamos a denúncia à polícia. Nós não temos cursos a distância e o nosso diploma é totalmente diferente do que eles forneciam”, destaca.
Os documentos apresentavam erros de grafia, uma assinatura totalmente diferente se comparada à da reitora e recibos comuns, comprados em livraria, são outros indícios da fraude. “Nós somos vítimas assim como as demais instituições e as pessoas que achavam que eram profissionais formados e agora perderam tudo”, lamenta a reitora. Segundo ela, o setor jurídico ainda não decidiu se vai processar os acusados do crime pelos danos.

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